Nunca, mas nunca se esqueça
- Marcos Ferri
- 21 de mar. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 6 de mar.
Mantenha-se firme
Por Marcos Ferri

Em certo momento da vida, você esteve com os nervos à flor da pele, endossando o desespero, atrás de um acalento. Algumas vezes, era também uma necessidade. Para outros, mero luxo. Capricho.
Ocasião passada, e você estava em prantos silenciosos. Atônito. Assustado. Ansioso. Todos os “a”, inclusive, o angustiado.
Achou que não seria dessa vez.
Acreditou que não seria para tanto. Quase se deixou levar. Era mesmo coisa esnobe. “Para quê?”, se perguntou.
Olhou à sua volta, e o peito deu um nó. O coração apertou. Queria muito. Precisava de fé. Às vezes, duvidava se tinha o suficiente ou se era merecedor.
Queria ser mais do que podia? Olhos abertos com medo e vergonha.
Guardou para si. Dividiu apenas com quem sentia o mesmo.
Trancafiou a sete chaves as coisas boas.
Joelhos ao chão. Terço na mão.
Noites de sonhos. Sinais em todos os cantos.
A vida lhe deu dores, mas também motivos para sorrir.
Rabisca. Era só um mapa de onde o coração deveria estar. Ou talvez não.
Precisava esperar e nunca se esquecer daqueles momentos. Assim aprenderia a controlar a própria respiração.
É para isso que servem as palavras sobre o papel. Eternizar.
Agora, respirava apreensivo, mas um sorriso nasceu, assim, meio de lado. Um tanto sem graça. Não iria se esquecer.
Disso tinha certeza.
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